O chato do Frangolino! |
A viagem até aquele continente era exclusivamente para mergulho, mas ir até a África e não ver os leões em seu habitat, é a mesma coisa, que ir a Roma e não ver o papa. Mas um safari de verdade teria que ter pelo menos uns três dias e aumentaria muito o custo, resolvemos fazer um mini safari mesmo. No valor de 410,00 rentes, aproximadamente uns 58,00 reais. Com uma camionete aberta nas laterais e sob uma chuva, começamos o safari que levaria três horas. Logo no início, o guia parou para que pudéssemos ouvir o coaxir dos sapos, “fala sério né!!! Um safari em plena África, a umas seis horas de distância de qualquer civilização, parar para ouvir sapos. Já estava achando que iria ser tempo perdido, para quem queria ver os Big Five, os cinco maiores e mais dicífeis de serem caçados mamíferos da África. O leão, o elefante, o búfalo africano, o leopardo e o rinoceronte, eram o nosso alvo, mas aquele safari estava começando de uma forma muito devagar.
Longo depois dos sapos, paramos para contemplar o Fragolino, uma espécie de pássaro que ficava na estrada em frente ao nosso carro, e o guia insistia para que observássemos aquela ave, “Ah, pelo amor de Deus”. Outro bicho sem graça! . Bem, pelo menos aquele parque era especializado em rinoceronte branco, uma animal extremamente raro. E uma foto desse animal, será muito interessante.
Já meio desacreditando, apareceu uma girafa, tranquila no meio da estrada, ela deu uma olhando para trás, para poder dar um charme maior a foto. Para quem estava tendo que apreciar sapo e um chato frangolino, o safari já começou a melhorar. Foi quando apareceu um dos grandes, agora sim, um rinoceronte e algumas fotos. Uma pena por ser um rinoceronte preto. Foi quando descobrimos, que o rinoceronte branco, não é branco, e sim preto. O nome branco, vem de um erro de tradução. O correto é Rhino Wide Mouth, resumindo, ficou Rhino Wide. Traduzindo, rinoceronte White. Mais uma tradução, ficou rinoceronte branco. Parece até a brincadeira de telefone sem fio na época de colégio.
A hora do xixi, kkkkkk |
Mas e os leões! Por enquanto nada. Adoraria também ver os babuínos, depois de ter fotografado o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, seria muito legal acrescentar ao meu acervo, algumas fotos de mais uma espécie de primata. Em uma parada para fotografar um javalí, um dos colegas desce do carro para fazer xixi, foi quando apareceu uma família enorme de babuínos, além de conseguir as fotos que queria, ainda demos ótimas risadas. O colega tendo que terminar de fazer o xixi, e subir correndo no carro com medos dos macacos, foi uma cena que já valeu o safari.
Rinoceronte Branco |
Na travessia de uma ponte, pudemos ver um hipopótamo, mas ele não quis posar para foto, imediatamente sumiu nas águas escuras do rio. Já a família de elefantes, queriam mais é ser fotografados mesmo, e demonstraram suas forças balançando uma árvores com a tromba. Dos Big Fiver, agora só faltam os leão e os leopardos. Mas para quem começou o safari desanimado, já havia melhorado muito. A foto de um Búfalo Africano, foi muito interessante, porque o guia nos disse que aquele havia sido expulso de seu grupo, e por esse motivo ele estava sozinho e com uma cara não muito simpática. Um abutre no alto de uma árvore se aquecendo no sol que ainda estava meio tímido. O antílope e duas zebras, também não quiseram saber de foto, apenas uma rápida olhada para nós, antes de sumir no mato.
Uma parada na loja de souvenir, nada de leões e nosso safari chegou ao fim, após quatro horas e meia. Mas valeu a pena. Algumas fotos, umas boas risadas e vários, vários frangolinos pelo caminho que percorremos, até o guia local já estava rindo quando aparecia um. Apesar de não ter visto o papa em Roma, tivemos o prazer de ouvir o coaxir de vários sapos africanos. Fala sério né!
A ansiedade pode ser negativa. Apreciar o que nos é oferecido pela natureza é uma arte. Uma simples gota de orvalho pode fazer toda diferença. Sinta sempre.....
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