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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mergulho em Cuba (Havana antiga)






Os primeiros raios solares aparecem  tímidos na janela de meu voo já próximo ao aeroporto da Ciudad do Panamá. Mas ainda bem, que seria apenas em conexão para meu destino final. O curto tempo que passei no aeroporto foi o suficiente para me fazer lembrar o calor de quase 50 graus que passei em  terras egípcias. Mas logo já estava embarcando em meu próximo voo para terra do Fidel. A chegada em Habana me fez pensar se realmente havia embarcado em um voo da Copa Airlines ou se teria entrado em uma máquina do tempo, que havia me transportado para algum lugar no passado que ainda sobrevive em pleno ano 2011. Pena que o tempo na capital era apenas uma conexão para meu destino de Buceo (mergulho). Tive somente uma tarde e uma noite, para poder presenciar um passado presente nas vidas de seus habitantes que nem sempre sonham com o futuro.

Um rápido banho em um belo hotel, bermudão, camiseta, tênis, um lanche de salmão para forrar minha fome e partimos em um táxi para Habana Antiga. Mas como alguma parte da cidade ainda poderia ser mais antiga, poderia ser sim. Uma cidade onde não existe roubo a mão armada, chegamos na parte antiga daquela cidade muito antiga. Um povo simpático, poses para fotos, orgulhosos por poderem falar com brasileño, vivendo suas vidas. Mas os carrões são um show a parte, um belo show, belos carrões. Automóveis dos anos 50, 60 e dentre muitos outros. Alguns em belíssimas condições de conservação e, outros já meio destruídos. Mas a elegância de ver aquelas relíquias passarem como se fossem um desfile do cotidiano, é realmente muito impressionante. A população sentada em um paredão a beira mar, esperando a noite chegar às 21 horas, faz parte da transição da nova para a antiga Habana. Só que na prática não se ver uma  diferença de época tão expressiva como se ouve da população local. Uma característica que talvez tenha ficado um pouco mais expressiva, tenha sido as construções, que realmente pareciam ser de uma época um pouco diferente, mas nada que venha lembrar uma grande cidade, um centro do Rio de Janeiro com seus arranha céus envidraçados.



Uma forma bem cubana de circular pela cidade é através dos Cocotáxis, como o próprio nome diz, um táxi em formato de coco. Um triciclo coberto por uma coisa amarela parecendo um enorme coco. E como estamos falando da antiga Habana, também era possível encontrar os bicitáxi. Com lugar para apenas dois passageiros e mais o piloto, este meio de transporte é uma bicicleta de três rodas que também ocupava as vielas. Mas estávamos a pé mesmo e, como em praticamente todas as cidades sempre existe alguém querendo dar de espero para cima dos turistas. 


Um guia local se apresentou.
 Não quero dinheiro, apenas mostrar a cidade para vocês. Venham comigo que irei mostrar onde foi a casa da madri de Fidel para que vocês possam saboriarem uma bela lagosta e o melhor mojito da cidade. Conversa vai, conversa vem, até chegar ao ponto que ele queria: Vocês deram muita sorte, hoje é o dia nacional do charuto, exclusivamente hoje, vocês poderão comprar uma caixa do melhor e mais puro charuto, aqui nas minhas mãos por um preço muito mais barato. Esta mesma caixa na fábrica custaria CUC 490,00, mas como vocês tiveram muita sorte, irão pagar apenas CUC 90,00. Mas é a questão da garantia? Não se preocupem, a garantia sou eu. E ele ainda havia me dito que me levaria a uma loja de relógios antigos. Mas na verdade, ele teria um amigo que conseguiria estes relógios e o preço em média uns 450,00 cuc (aproximadamente R$796,00). Acho que ele se esqueceu que somos brasileiros e, além de mim ainda haviam outros cariocas.








Um passeio a pé, algumas fotos, ruas, vielas, becos, uma farmácia da época que ainda se escrevia pharmácia, uma típica cubana com seu charuto e a tarde foi se despedido, dando lugar para a noite escura da capital. Uma cidade com pouquíssima iluminação pública, onde se via a simplicidade dos faróis enfraquecidos, dos imponentes carrões. Fomos ao segundo piso do casarão daquele bairro antigo, onde viveu a mãe de Fidel. Apreciar um típico mojito, apenas para abrir ainda mais o apetite pelo prato de lagosta que estávamos esperando e, para tentar despistar o calor uma cerveja Bucanero.




Uma ilha cercada por águas do Caribe, vivendo em época de alguma data do passado, faz uma forma muito interessante para arrecadar a grana de seus visitantes. As despesas são praticamentes feitas em EUROS. No país circulam duas moedas. O Peso Cubano, usado exclusivamente pelos moradores locais, destinados em suas despesas do dia-a-dia, alimentação, etc. E o Peso Convertibles (CUC, apelidado carinhosamente por mim de “coisa cubana”), usado apenas pelos turistas. O câmbio é feito no valor de 1 Peso Convertible (CUC) = 0,76 euros. Ou 1 Peso Convertible (CUC) = 1,08 dólar americano. Mas mesmo assim, as “coisas” são baratas, para quem está em uma ilha cercada por águas marinhas, que vão do verde esmeralda ao azul  turquesa, isso sem precisar lembrar do charme de uma antiga cidade antiga. Um mojito, o saboroso prato de lagosta assada, fritas, acompanhamentos, duas Bucaneros num total de 16 coisas cubanas (CUC) = 12,30 EUROS = 28,30 Reais. Mas ainda me faltava um pequeno detalhe, o táxi de volta para o hotel tinha que ser um daqueles carrões, mas a noite já havia chegado e, com as ruas escuras fomos obrigados a pegar o primeiro carro que aparecesse. Não foi uma relíquia, mas em compensação uma verdadeira lata velha. Antigo, mas nem tanto, mas o estado de conservação péssimo, ou melhor, não havia se quer alguma conservação. 
CUC






Uma pena, mas é hora de irmos para o hotel, uma curta noite de sono e, às 3h da “madruga” encarar mais um voo para Cayo Largo del Sur, afinal de contas a vida marinha cubana precisa passar por minhas lentes.

O carro vermelho, usado como táxi na corrida de volta para o hotel
Cuba ainda permanece no foco de meus futuros destinos. Mas desta vez irei pousar naquele passado com mais calma e um maior planejamento para que eu possa apreciar o foco daquela cidade. O passado precisa passar de uma forma mais completa por minhas lentes. Ainda preciso encostar no paredão a beira mar para que a noite caia lentamente, dando espaço ao tímidos faróis em uma simples noite cubana.




Algumas destas fotos foram feitas na ilha Cayo Largo entre um mergulho e outro.

domingo, 17 de julho de 2011

Mergulho em Cuba (Cayo Largo Del Sur)

Expresso aereo Gaviota



Vem comigo! Viver um pouco das histórias que ouvir, apreciar uma pequena parte de uma beleza exuberante que também admirei e o mais importante, se apaixonar ainda mais pela vida em nossos mares.




Mas para chegarmos a Cayo Largo, uma pequena ilha ao sul de Cuba tivemos que embarcar em um voo local. Um detalhe a parte nesta minha viagem, uma aeronave pequena, uma hélice em cada asa, um avião que era usado no transporte de carga e, agora adaptado a passageiros. Levantamos voo em um aeroporto militar com estruturas tão simples quanto a aeronave que estamos partindo. Um voo de quarenta minutos extremamente tranquilo, muito barulhento, mas recompensado pela bela paisagem vista de cima.


Estávamos lá para mergulhar, mas também tive o prazer de poder soltar ao mar um filhote de tartaruga de couro, fruto de uma instituição de proteção a estes animais que devolvem ao mar todos os anos milhares destes filhotes. O prazer de poder colocá-lo na areia e protegé-lo contra as gaivotas até que consigam alcançarem o mar, é absurdamente mais prazeroso do que vê a mesma imagem pela tv. Mar este que abrigava nossos mergulhos, que aconteciam a uns 40 minutos de navegação em uma áera próxima a uma formação de recifes. Onde a profundidade média era de 20 metros, temperatura da água em torno dos 30 graus, e uma visibilidade próximo dos 18 metros. Mas os dias passam e os mergulhos chegaram ao fim.


E me despeço destas águas caribenhas em grande estilo, sentado na popa da embarcação, pés no deck, motor em marcha lenta. E já é noite, além das luzes que orientam boreste e bombordo, temos a ajuda da lua qua fazia brilhar as águas que ficavam para trás, depois de molharem meus pés deixando apenas a saudade que sentia de minha filha, em minha expectativa que um dia cresça e se sente ao meu lado.


Mas para que pudesse aproveitar esta simples paisagem de retorno ao cais, passamos quatro ótimos dias de mergulhos, um carimbo em meu currículo preenchido com inúmeras fotos e ótimas histórias, história de pescador vista em plena água.



Mestre da apnéia





Caranguejo em um coral

Mas, nossos mergulhos teve uma característica a parte. Um dos dois guias dos mergulhos, era a parte deste show. Israel, um Cubano amigo de infância do Pipin, um dos maiores nome da caça submarina. Mas o Israel além destas habilidades no mergulho em apnéia, é também um enorme “figura”. Aos vinte e poucos metros de profundidade tirava o equipamente de respiração da boca, colocava uns dentes artificias parecendo um vampiro e ficava tentando morder o pescoço do Abel, outro guia. Quando não estava tentando fechar o suprimento de ar do Abel, só para ver a cara de assustado de seu amigo. Durante o período que ficávamos no barco entre um mergulho e outro era sempre uma história divertida. Mas seu espírito bricalhão acabava quando o assunto era os seus mergulhos em apnéia. Em um de nossos mergulhos mais profundo com todos os equipamentos, quando meu computador de mergulho mostrava minha profundidade aos 38,5 metros, vejo o Israel sem qualquer equipamento, apenas máscara e lastro, passar por mim e ir ainda mais profundo atrás de uma tartaruga , não sei ao certo mas ele deve ter ido pelo menos aos 45 metros e depois subir tranquilamente para poder respirar na superfície. 

Uma cena realmente fantástica. Em conversa posteriormente ele me disse que atualmente já não faz mais o que fazia a uns anos atrás, onde seu limite de profundidade em apnéia era aos 60 metros (altura de um prédio de 20 andares), e que agora seu tempo de fundo é apenas 5 minutos e 45 segundos e a profundidade máxima de 55 metros. Com toda essa capacidade ficaria extremamente fácil fazer sua caça sub. 

Mas o Israel não usa arma para atirar nos peixes, ele conseguia encurralar os peixes em tocas e fisgá-los com um guancho e, quando o peixe era muito grande, ele se atracava com ele, literalmente pescava com as unhas.




Já nos mergulhos recreativos que estávamos fazendo, tudo correu perfeitamente bem, ótimos mergulhos durante o dia e, apenas um maravilhoso mergulho noturno. Além da grande quantidade de lagostas, e uns enormes peixes chamado Tarpões. No noturno o que mais me chamou atenção foi um pequeno polvo em tons azuis e verde. Já havia visto alguns polvos fazendo seus mimetismos, mas nestas colorações foi a primeira vez.

Tarpão


Depois de alguma insistência minha, consegui convencer o Capitão do barco a nos levar ao santuário das iguanas, que estará mais detalhada na postagem seguinte.









E meus dias em Cayo Largo del Sur foram assim, depois de muitas fotos, dez mergulhos, começo meu caminho de volta sentado no barco com águas nos pés, olhando para trás com meus pensamento no Brasil. 



Prato de lagosta, sevido pelo capitão.
Almoço nos intervalos de
superfícies








Apenas algumas fotos.

sábado, 16 de julho de 2011

Santuário das Iguanas Cubanas





Às vésperas do meu embarque para a terra do Fidel, ví uma imagem de uma Iguana em um blog de um brasileiro que havia ido a ilha Cayo Largo. Depois de um certo trabalho consegui convencer o capitão de nosso barco a nos levar até onde seria o santuário das iguanas.



Um canto meio escondido da ilha, tendo o acesso apenas por barco, passamos por alguns canais e chegamos a um paraíso visual, porque na prática haviam muitos pernilongos, uma calor muito forte e a sensação térmica era de uma temperatura ainda maior por causa da formação rochosa. Mas visualmente o lugar era realmente um paraíso, um santuário com um charme que se completava com a aparência pré-históricas destes animais. Curiosas e desconfiadas ao mesmo tempo, as iguanas pareciam estarem fazendo poses para as fotos e, de repente saiam em disparada para se esconderem nas inúmeras tocas que haviam naquele lugar.




E o mesmo fizemos também, alguns clicks rápidos e partimos em disparada. A visita levou apenas uns vinte minutos, mas foi o bastante para registrar as imagens daquele paraíso visual, levar algumas picadas dos mosquitos e sentir a necessidade de um rápido mergulho para baixar a temperatura.















 Saímos, deixando para trás apenas as tímidas ondas provocadas pela embarcação.