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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mergulho no Mar Vermelho

Capa da revista eletrônica





Em maio de 2010, embarquei no aeroporto do Rio de Janeiro com destino ao Mar Vermelho. Além do material de mergulho e equipamento de fotografia, na bagagem também ia uma expectativa enorme, por estar indo pela primeira vez para fora do meu país, e como ponto final uma terra onde tudo é diferente, exótico e de uma cultura que impressiona. O meu emocional também estava balançado, porque teríamos um encontro marcado com o Grande Tubarão Galha Branca Oceânico.

 Acompanhado do grande amigo o Gabriel Ganme, especialista e tubarões, saberia que o encontro com um dos grandes reis os mares seria "até certo ponto" tranquilo. Mas mesmo assim a expectativa fica meio mareada. Pousamos em uma cidade muito diferente das que conhecemos pelo nosso Brasil, atravessamos o deserto como se fosse impossível chegar a um lugar onde voltaríamos ver alguma vida. Sentimos na pele o calor que passa dos 50 graus, admiramos minúsculas cidades brotarem no meio do nada e ficarem pra trás em um piscar de olhos.

































Vimos o dia amanhecer sob o som dos sinos que anunciam a hora da oração e nos despedimos da luz do sol já muito longe uma grande cidade, as margens de um lugar que realmente seria o nosso ponto de partida. Em meio a escuridão do deserto e uma magia espalhado por aqueles ares, novamente embarcamos, mas desta vez, em um um imponente Live Abord, como se fosse também um rei dos mares, mas este só da superfície para cima, por que dali para baixo, o reinado era de um outro ser, um animal que chega aos quatro metros de comprimento. Mas infelizmente ele mandou apenas um representante ao nosso encontro, e em uma reunião muito rápida, nos deixou bem a vontade para que pudéssemos admirar, e comprovar com os próprios olhos que mesmo em meio tanto deserto, é possível existir uma verdadeiro paraíso submerso, uma explosão de cores, de vida, uma harmonia entre o grande e o pequeno, o simples e o complicado, e a diferença do que está fora para o que está dentro d`agua. Depois de sete rápidos dias vivendo uma experiência inédita, começamos nossa trajetória de volta para nossas casas. Uma viagem que   marcará para sempre minhas lembranças, voltando com uma certeza ainda maior, que a vida foi feita para ser vivida.


O link abaixo direciona para um site onde está publicado o trabalho fotográfico completo. Com texto e imagens, tento expor tudo o presenciei nesta viagem dos sonhos. Uma experiência em água, terra e ar. Espero que admirem.




sábado, 26 de fevereiro de 2011

Safari com os Big Five, e os chatos frangolinos!


O chato do Frangolino!

A viagem até aquele continente era exclusivamente para mergulho, mas ir até a África e não ver os leões em seu habitat, é a mesma coisa, que ir a Roma e não ver o papa. Mas um safari de verdade teria que ter pelo menos uns três dias e aumentaria muito o custo, resolvemos fazer um mini safari mesmo. No valor de 410,00 rentes, aproximadamente uns 58,00 reais. Com uma camionete aberta nas laterais e sob uma chuva, começamos o safari que levaria três horas. Logo no início, o guia parou para que pudéssemos ouvir o coaxir dos sapos, “fala sério né!!! Um safari em plena África, a umas seis horas de distância de qualquer civilização, parar para ouvir sapos. Já estava achando que iria ser tempo perdido, para quem queria ver os Big Five, os cinco maiores e mais dicífeis de serem caçados mamíferos da África. O leão, o elefante, o búfalo africano, o leopardo e o rinoceronte, eram o nosso alvo, mas aquele safari estava começando de uma forma muito devagar.
Longo depois dos sapos, paramos para contemplar o Fragolino, uma espécie de pássaro que ficava na estrada em frente ao nosso carro, e o guia insistia para que observássemos aquela ave, “Ah, pelo amor de Deus”. Outro bicho sem graça! . Bem, pelo menos aquele parque era especializado em rinoceronte branco, uma animal extremamente raro. E uma foto desse animal, será muito interessante.
Já meio desacreditando, apareceu uma girafa, tranquila no meio da estrada, ela deu uma olhando para trás, para poder dar um charme maior a foto. Para quem estava tendo que apreciar sapo e um chato frangolino, o safari já começou a melhorar. Foi quando apareceu um dos grandes, agora sim, um rinoceronte e algumas fotos. Uma pena por ser um rinoceronte preto. Foi quando descobrimos, que o rinoceronte branco, não é branco, e sim preto. O nome branco, vem de um erro de tradução. O correto é Rhino Wide Mouth, resumindo, ficou Rhino Wide. Traduzindo, rinoceronte White. Mais uma tradução, ficou rinoceronte branco. Parece até a brincadeira de telefone sem fio na época de colégio.  
A hora do xixi, kkkkkk
Mas e os leões! Por enquanto nada. Adoraria também ver os babuínos, depois de ter fotografado o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, seria  muito legal acrescentar ao meu acervo, algumas fotos de mais uma espécie de primata. Em uma parada para fotografar um javalí, um dos colegas desce do carro para fazer xixi, foi quando apareceu uma família enorme de babuínos, além de conseguir as fotos que queria, ainda demos ótimas risadas. O colega tendo que terminar de fazer o xixi, e subir correndo no carro com medos dos macacos, foi uma cena que já valeu o safari.
Rinoceronte Branco
Na travessia de uma ponte, pudemos ver um hipopótamo, mas ele não quis posar para foto, imediatamente sumiu nas águas escuras do rio. Já a família de elefantes, queriam mais é ser fotografados mesmo, e demonstraram suas forças balançando uma árvores com a tromba. Dos Big Fiver, agora só faltam os leão e os leopardos. Mas para quem começou o safari desanimado, já havia melhorado muito. A foto de um Búfalo Africano, foi muito interessante, porque o guia nos disse que aquele havia sido expulso de seu grupo, e por esse motivo ele estava sozinho e com uma cara não muito simpática. Um abutre no alto de uma árvore se aquecendo no sol que ainda estava meio tímido. O antílope e duas zebras,  também não quiseram saber de foto, apenas uma rápida olhada para nós, antes de sumir no mato.























































































Uma parada na loja de souvenir, nada de leões e nosso safari chegou ao fim, após quatro horas e meia. Mas valeu a pena. Algumas fotos, umas boas risadas e vários, vários frangolinos pelo caminho que percorremos, até o guia local já estava rindo quando aparecia um. Apesar de não ter visto o papa em Roma, tivemos o prazer de ouvir o coaxir de vários sapos africanos. Fala sério né!    



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mergulho em Sodwana Bay

SODWANA BAY


Frog Fish, deu uma vontade de apertar para ver se é de verdade.
Cada ponto de mergulho que já passei, tem sua particularidade, o mergulho no Mar Vermelho foi o que mais me suspreendeu pela enorme biodiversidade, condições de água e até porque foi minha primeira viagem para mergulho fora do país. Já o mergulho no litoral Índico na região de Rock Point próximo a Durban, foi muito marcante pela interação com os Tubarões Galha Preta, o que também está postado aqui no blog.  Mas o mergulho na região de Sodwana Bay, também no litoral Índico, na última semana de janeiro de 2011 foi realmente uma viagem, mas não no sentido de viagem por estar fora do meu país, mas sim por ter uma vida marinha que me fez sofrer uma viagem em minha mente a cada instante que estava submerso. A possibilidade de poder ver ao vivo algumas espécies de peixes ornamentais que sempre tive uma enorme admiração foi o ponto que mais marcou nesta viagem.
Pennant Fish, uma elegância e um charme impressionante





Para começar, o ponto de partida era uma praia quase que deserta, a base da operadora de mergulho montada sob uma tenda em meio a areia, bote inflável colocado e retirado da água com o auxilio de um trator. Os pontos de mergulhos são uns recifes distribuidos pelo litoral, nomeados pela distância em milhas, como por exemplo: Tree Mile Reef, Nine Mile Reef, Six Mile Reef, etc. Temperatuda da água sempre nos 28C, já na praia a temperatura pegava fogo entre um mergulho e outro. Sempre com a visita de alguns macaquinhos e uma família de uns bichinhos, que não consegui identificar. Eles ficavam em nossa volta, tentando aproveitar a sobra de nossas comidas, o que era quase impossível, porque tinha apenas uma pequena lanchonete, com um atendimento e qualidade de serviço meio “fraquinho”. Mas estávamos ali para o mergulho, aproveitar o passeio e a viagem oferecida por aquelas águas. O restante estaria maravilhoso de qualquer maneira. Não há nada que um bom dia de mergulhe não cure.

Yellow Long Nose, personagem Phil. Um dos Butterfly
que tenho mais admiração.  



Dei uma sorte tremenda, porque o nosso guia local também adorava a vida marinha macro, e muito experiente, sempre nos levava a pontos bem estratégicos para que eu pudésse registrar as imagens que justificavam minha ida até aquele lugar na África. Durante o trajeto da praia até o ponto de mergulho, era interessante como o piloto do bote avistava alguns peixes, todos nós ficávamos sentado na bóia do bote, apenas o piloto e o guia ficavam em pé para que pudessem ver se haviam algo por ali, não sei como eles conseguiam, mas de longe já avistavam raias mantas, raias chitas, golfinhos, etc. Rapidamente paravam o bote e caíamos n`água para um breve mergulho de snorkel. E novamente partíamos em direção ao ponto escolhido.

Zanclus, personagem Gil o "dono"do aquário. Em plena
liberdade conforme o Gil sonhava.


Raia Chita, personagem tio Ray que levava as crianças
para escola.
Infelizmente não conseguimos ver o Tubarão Baleia em nenhum dos nove mergulhos que fizemos neste local, o que normalmente é visto nesta época do ano. E a outra coisa que me chamou atenção, foi a forma que o piloto do bote usava para identificar o exato lugar que deveríamos entrar n`água. Ele não tinha nenhum GPS, fazia a interseção de duas linhas imaginárias, usando pontos do litoral, uma forma simples, mas com a mesma precisão de ums GPS.

Adicionar legenda


Um peixe muito pequeno, que ficava correndo
para ciam e para baixo, buscando proteção
nesta planta.



Depois desta breve história de como foi fora d`água, o mais importante começa aqui. A variedade da vida marinha, pelo menos naquele ponto do Índico, foi muito especial para mim. Para começar, quase todos personagens do filme Procurando Nemo, faziam parte daqueles recifes. Poder fotografá-los foi muito legal, além disso, alguns outros peixes que não estavam no elenco do filme, mas que sempre tive muita admiração, por ser peixes que eu só havia visto em repostagens de revistas especializadas, como por exemplo o peixe frog e a moréia de listra amarela, que também pude ver bem de perto.
Peixe Palhaço, da mesma família do Nemo personagem principal

Clown trigger, também está na minha lista de favorito. 














Um lugar de águas rasas, ótimas condições para mergulho, recifes pequenos e com pouquíssimas paredes verticais, apenas uma caverna bem pequena. Os mergulhos aconteciam em águas muito afastadas de qualquer civilização, aquela reserva em Sodwana Bay ficou nos devendo apenas a presença dos Tubarões Baleais e os Tubarões Mangonas. Mas como me dedico muita as fotos macros, pude voltar para o Brasil com ótimas imagens de uma viagem muito interessante.

Vai uma batatinha fria aí?

Camarões fazendo a limpeza de pele, removendo as bactérias da enorme moréia.






Powder Blue Tang, um peixe da família dos tangs, a mesma espécie da personagem Dori


Assim que o fotolivro com todas as fotos da viagem estiver pronto, colocarei o link aqui.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mergulho em Arraial do Cabo




Quando estive em Arraial do Cabo pela primeira vez no ano 2000 para começar meu curso de mergulho, não imaginava que hoje, após dez anos e muito mais experiente no mergulho, estaria sentado aqui às 23:55h do dia 29 de Dezembro começando escrever um fotolivro inteiramente dedicado a este lugar maravilhoso. Não sei ao certo quantos mergulhos tenho nessas águas, mas com toda certeza é meu refúgio, um paraíso para quem acredita que só essas águas são capazes de renovar minhas energias. Em 2005 quando comecei fotografar a vida marinha, com uma simples máquina fotográfica, certamente estaria longe da realização deste trabalho.

 Hoje com equipamento digital profissional, muito mais experiente e um senso crítico mais apurado, tenho um acervo bem maior e de qualidade muito acima das minha primeiras fotos em 2005. Um arraial que está localizado na extremidade de um cabo (uma extensão de terra do continente que se projeta para o mar, sendo assim, banhado por três lados e apenas um lado faz comunicação com o continente).


Tem muitos pontos de mergulhos, de profundidades variadas, mas quase sempre cercado de muita vida, Arraial do Cabo, foi abençoado por Deus com o fenómeno conhecido com ressurgência, dando a essas águas uma quantidade de vidas impossível de ser mostrada em simples fotos. Mesmo sendo muito mais fácil a realização de fotosub em mergulhos autónomo, hoje gosto muito de cair n'agua para fotografar em apnéia, e o local conhecido como Ponta da Prainha, é para mim um verdadeiro oásis. Mas é injustiça classificar apenas um ponto, Arraial é no todo um verdadeiro paraíso.


   
Ano 2000, venho à Arraial do Cabo para minha primeira aula do curso básico de mergulho. Um simples arraial, localizado em um cabo. Um detalhe que precisa ser observado, certamente é visto por todos, que tem o prazer de estar neste lugar, mas normalmente não é observado. A única chegada, é contemplada com uma vista de uma pequena praia a esquerda, local de uma riqueza submersa realmente impressinante. Logo a direita, uma enorme praia de areias completamente branca e de águas normalmente geladas. E para completar, a frente uma enseada com algumas ilhas, muitas condições de mergulho, e uma biodiversidade marinha digna de um lugar que pode ser considerado como capital brasileira de mergulho. Uma cidade que está localizada na extremidade de um cabo, em uma posição estratégica para que em suas águas, tenha um fenómeno conhecido como ressurgência. Arraial do Cabo é cercado por inúmeros pontos de mergulho, cada um com suas características específicas, mas tendo em comum, uma riqueza viva.


Arraial do Cabo tem a magia de uma cidade pequena, lugar de descanso e encontro com a natureza, mas, essa natureza tem que ser admirada através das lentes de uma máscara de mergulho. Águas que abrigam desde minúsculos camarões "dançarinos" a enormes baleias. Mergulho em nível básico ou avançado, ou pelas cavernas (o que particularmente eu detesto), pelos naufrágios, em mergulho livre ou pelo autónomo. Arraial ainda tem a característica de ter 75% do seu território cercado pelo mar, e no centro, uma montanha e algumas ilhas.
Vento forte de um lado, parado do outro. Mar alto
em uma parte, calmaria na outra. Estar neste lugar,
é a certeza de um mergulho, certeza de um mergulho
em águas de um paraíso. Isto é o que sinto, o que vejo,
e o principal, é o que fotografo.  
Como toda cidade que é um paraíso, Arraial do Cabo também tem a invasão de turistas no verão, e os mais prejudicados com isto, são os seres que vivem no mar. Como sempre, eu estava dentro d'agua fotografando, já cansado de tentar fotografar um peixe que nunca tinha visto por ali. Fui para um outro canto, para ver se achava alguma coisa nova, quando tive o desprazer de ver um peixe preso em uma sacola plástica. Na tentativa de sobre vivência, ele já aparentava estar muito cansado. Mais uma vez, minha paixão pela fotografia, conseguiu me colocar no exato local onde alguém precisava de minha ajuda. Uma foto ainda no plástico, seu olhar de desesperado, parece que não entendia, que eu estava ali apenas para ajudá-lo, e registrar aquela situação, que é um verdadeiro descaso com a natureza. 

Em poucas páginas, ficaria difícil expor todas as minhas fotos feitas neste lugar. Usando a recordação que tenho de cada uma delas, vou selecionando as imagens, que de certa forma ficaram em minha mente desde o dia que a fiz. Como por exemplo, a moreia verde, que estava presa em um anzol, com o nylon agarrado em um pedra. Certamente, ela ficaria presa até sua morte, mas como sempre, estou equipado com minha faca, como acessório de segurança, consegui cortar o nylon, e rapidamente fazer sua foto novamente em liberdade, mas ainda um pouco estressada.   

A cinco dias atrás, tentando fazer algumas fotos em um mergulho livre numa laje na praia conhecida como Prainha, vi um peixe que ainda não conhecia. Um local com muitas algas, infelizmente não consegui, se quer, chegar perto do peixinho que se camuflava em meio as plantas. Um peixe que ainda não havia fotografado. Me armei de esperança na tentativa de enquadrá-lo em minha lente nos próximos dias que teria de mergulho. No segundo dia, a água amanhece mexida e um pouco turva, diminuindo ainda mais minhas possibilidades de fotografar. Já no terceiro e quarto dias, as condições da água haviam melhorado muito, e achando que a realização da foto em apnéia seria de maior valor, não quis tentar o mergulho autónomo. Sempre a mesma história. 
Dragão Verde
Dragão Verde

Só conseguia ver o peixe da superfície, não permitindo a menor aproximação. No quinto e último dia, após duas horas dentro d'água, voltando para superfície, consegui ver um deles me observando. Infelizmente, a qualidade da foto não ficou espetacular, mas, foram as únicas fotos que consegui fazer. 
Certamente irei tentar uma foto bem melhor. Valeu, mas ainda não estou satisfeito




O link abaixo direciona para um site onde está anexado um trabalho fotográfico da vida submersa de Arraial do Cabo em formato de revista eletrônica, espero que admirem o trabalho e comentários serão sempre bem vindo.