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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aranhas, oito pernas e oito olhos






Inicialmente esta postagem seria com fotos de insetos de um modo em geral, mas quando comecei a fotografar esse mundo em miniatura, a variada de aranhas era tão grande que decidi fazer uma postagem exclusivamente sobre esses animais. 
Com pouco conhecimento no assunto, busquei informações em sites especializados. Aos poucos fui aprendendo a gostar e me familiarizar um pouco mais com esse bichinho de 8 patas, peçonheto ou não, equipado de 2, 4, 6 ou 8 olhos.
A surpresa pela variedade de espécies e cores foi tão grande quanto a quantidade de images que comecei a colecionar. Essa é apenas a parte I, em breve estarei postando mais algumas fotos sobres as aranhas.









As aranhas são animais artrópodes pertencentes à ordem araneae da classe dos aracnídeos. A ordem araneae está dividida em três subordens: a Mygalomorphae (aranhas primitivas), a Araneomorphae (aranhas modernas) e a Mesothelae, a qual contém apenas a Família Liphistiidae, constituída de aranhas asiáticas raramente avistadas. 

Existem cerca de 40.000 espécies de aranhas, o que a torna a segunda maior ordem dos Aracnídeos (atrás da ordem acari). As aranhas são um grupo particularmente populoso. Em um gramado de uma colina não remexida na Inglaterra, do tamanho de um acre, estimaram-se 2.265.000 indivíduos.

As aranhas não são insetos, e distinguem-se destes pelas seguintes características:

* Têm quatro pares de pernas;
* Não possuem asas ou antenas;
* Seu corpo divide-se em duas partes (cefalotórax e abdômen);


O estudo das aranhas chama-se aracnologia 










Enquanto os insetos possuem três segmentos corporais, as aranhas possuem dois: o cefalotórax, ou prosoma, que é resultado do tórax fundido com a cabeça, e o abdômen, chamado de opistossoma. Ambos são ligados por uma estreita haste chamada de pedúlio. O corpo das aranhas é revestido por um exoesqueleto, uma estrutura rígida formada principalmente por quitina.

As aranhas possuem oito pernas, enquanto os insetos possuem seis, e seus olhos são lentes únicas, em vez de lentes compostas. Elas podem ter 8, 6, 4, 2 ou mesmo nenhum olho, como no caso de algumas espécies cavernícolas. Na cabeça têm dois pares de apêndices: as quelíceras, em forma de ferrão, formadas por quitina negra com uma ponta muito fina, e os pedipalpos (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular alimentos. A boca fica entre os palpos.




Há vários tipos de aranhas, as peçonhentas e aquelas que "saltam" querendo se proteger.

Juntamente com os escorpiões, os carrapatos e os ácaros, as aranhas pertencem à classe Arachnida (aracnídeos), ao filo Arthropoda (artrópodes) (que inclui, além dos aracnídeos, a classe dos insetos, dos crustáceos e outras) e subfilo Chelicerata (quelicerados).











Segundo a lenda grega, a tecelã Aracne desafiou a deusa Atena (Minerva, para os romanos) e, como castigo, foi transformada em aranha.


Dados interessantes

§ Produzem teias que são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro.

§ Além disso, a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento inicial.

§ As teias resistem a água e a temperaturas até -45 °C sem se romperem.

§ A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mas sua pata é equipada com pelos que não permitem que isso aconteça.

§ Existem 40.000 espécies de aranhas conhecidas, mas alguns estudiosos calculam este número pode chegar a 100.000.

§ Essas 40.000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que cerca de 30 delas são consideradas perigosas para o homem.




§ A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi e chega a medir até 20 centímetros de uma pata a outra, já a menor é a Patu digua que tem o tamanho da cabeça de um alfinete.

§ Os filhotes aprendem a fabricar teia sozinhos.

§ Algumas aranhas sobem em pontos altos, liberam um fio de teia e se deixam levar pelo vento, povoando assim ilhas e continentes.

§ A fobia de aranhas se chama aracnofobia.



Viúva-negra é o nome que se dá em geral às aranhas do gênero Latrodectus, de distribuição cosmopolita. Existem atualmente 32 espécies válidas neste gênero.

A viúva-negra-americana (Latrodectus mactans) é uma espécie de aranha da família dos teridiídeos, distribuída por toda a América. A fêmea possui coloração negra brilhante, com larga mancha vermelha em forma de ampulheta na superfície ventral do abdômen, e cerca de 1 cm de comprimento. O nome provém do fato de a fêmea geralmente se alimentar do macho após a cópula. Sua picada é muitas vezes fatal. No Brasil, é encontrada atualmente próxima ao mar, sobretudo em praias pouco frequentadas. É amplamente encontrada em torno da Baía da Guanabara.

Por ser uma aranha muito conhecida no Brasil e por saber-se que sua peçonha é muito forte, há a alusão de que esta é a aranha mais venenosa que existe. Porém, mesmo no Brasil, existem dois gêneros considerados de maior perigo: a aranha-marrom (Loxosceles sp.), e a armadeira (Phoneutria sp.), sendo esta última considerada por muitos a aranha mais peçonhenta do mundo, ambas encontradas em praticamente todo o país.



Medo de Aranha

Um novo estudo descobriu que, quanto maior o medo de aranhas para uma pessoa, maior essa pessoa vai perceber as aranhas.

O medo irracional de aranhas afeta, aproximadamente, metade das pessoas do sexo feminino, e até uma em cada seis pessoas do sexo masculino.

Os pesquisadores estimam que uma melhor compreensão de como a fobia afeta a percepção de objetos temidos pode ajudar os médicos a criar remédios e tratamentos mais eficazes.

No estudo, 57 participantes com fobia de aranha foram solicitados a observar cinco tarântulas vivas em tanques de vidro e, em seguida, fornecer estimativas de seu tamanho.

Os voluntários, que foram estudados durante um período de oito semanas, começaram seus encontros a 3,5 metros do tanque e foram solicitados a se aproximar da aranha. Uma vez que estavam de pé ao lado da aranha, eles tiveram que orientar a aranha tocando-a com uma sonda de 20 centímetros, e depois com uma menor. 



Ao longo da sua provação, os participantes relataram o medo que estavam se sentindo em uma escala de 0-100, de acordo com um índice de unidades subjetivas de angústia.

Depois eles completaram questionários sobre o seu medo específico de aranhas, os sintomas de pânico que eles experimentam e pensamentos sobre a redução do medo e encontros futuros com aranhas.

Finalmente, eles estimaram o tamanho das aranhas, sem olhar para elas, ao desenhar uma única linha em um cartão de índice que indica a distância entre as pontas de suas pernas dianteiras e traseiras.

Quanto mais medo eles tinham (classificado em escores de ansiedade), mais descreveram os animais peludos como maiores (que mediram entre 3 e 15 centímetros). Parece que o medo estava dirigindo, ou alterando a percepção do objeto temido, neste caso uma aranha.

“Quando se trata de fobias, é tudo sobre a evasão como principal meio de se manter seguro. Se você continuar evitando, você não pode descobrir que está errado”.

Se as aranhas são percebidas como maior do que realmente são, isso fomenta o medo e a evitação, então potencialmente faz parte de um ciclo que alimenta a fobia e leva à sua persistência.


“Aranha Mergulhadores”, a aranha que passa o dia abaixo da água. 



Você conhece alguma aranha mergulhadora, que passa a maior parte do tempo debaixo d’água? A incrível aranha-de-água (Argyroneta aquática) só precisa vir a superfície para pegar ar uma vez por dia. 



Elas vivem em lagos, lagoas e córregos lentos em toda a Europa e norte da Ásia. São as únicas aranhas que vivem suas vidas inteiras na água, acasalando, pondo ovos e capturando presas em suas teias de seda, construídas entre a vegetação sob a superfície da água. 



Elas criam bolhas que se enchem de ar para respirar debaixo d’água. E, segundo um novo estudo, essas bolhas se comportam como guelras, extraindo oxigênio dissolvido da água e dispersando dióxido de carbono. 


Para preencher essa “teia bolha” de ar a fim de respirar, as aranhas usam pelos finos em seu abdômen para transportá-las até a superfície da água. Os cientistas debatem há muito tempo quantas vezes elas tinham de voltar à superfície para reabastecer seu suprimento de ar. 



Eles simularam uma lagoa em laboratório, em condições de um dia quente de verão, para testar as aranhas. Anteriormente, a crença sugeria que elas tinham que vir à superfície a cada 20 a 40 minutos durante todo o dia. 

Os cientistas também mediram os níveis de oxigênio no interior e em torno da bolha de ar. Ao medir as diferenças, eles identificaram uma troca de gás semelhante à realizada pelas brânquias dos animais que respiram debaixo d’água. 

Conforme a aranha consome o oxigênio da bolha, reduz a concentração de oxigênio no seu interior. O gás fica abaixo do nível de oxigênio dissolvido na água, e quando isso acontece, pode ser conduzido para dentro da bolha. 

O dióxido de carbono que a aranha produz não é um problema, porque é facilmente dissolvido na água e nunca acumula. 

Porém, ao contrário dos animais que trocam oxigênio e dióxido de carbono em brânquias, as aranhas têm de lidar com outros gases no ar que transportam. Na mistura de gases recolhida, como o oxigênio é retirado da bolha e o dióxido de carbono não acumula, o nitrogênio aumenta de concentração. 

Como o nitrogênio se dispersa com a bolha, ela eventualmente colapsa, mas isso acontece muito devagar, quase ao longo de um dia. Isso é muito útil: a aranha é capaz de permanecer embaixo d’água em dias muito quentes, quando a sua taxa metabólica é mais alta que o normal, se a água estiver bem oxigenada. 

Isso significa que elas voltam à superfície com pouca frequência, evitando o risco de serem apanhadas por predadores, como aves. Também permite que as aranhas esperem pacientemente uma presa passar. [BBC] 




A coragem de uma mãe aranha.

Para muitas espécies de aranhas, ter um filho é o mesmo que morrer.

Isso porque elas são comidas depois que acasalam – para ser justa, geralmente é a mãe que mata o macho e o come, ou dá de comer para os filhos. Mas o inverso também ocorre. Em espécies da aranha Stegodyphus, o amor maternal vai longe: as fêmeas anexam seus ovos a suas teias e os vigiam até que os bebês eclodam. Uma vez que eles nascem, a mãe continua a comer, mas vomita a maior parte de suas refeições como uma sopa nutritiva para sua prole. Quando os bebês completam um mês de idade, a aranha mãe permite que sua prole a mate e injete enzimas digestivas em seu corpo para comê-la.

Acabou por aí? Claro que não. Depois de devorá-la, os filhos se viram um pro outro e se canibalizam: comem quantos de seus irmãos eles conseguirem (algo me diz que depois que eles crescem e cada um tem a sua própria casa ninguém se visita).

Existem famílias ainda mais felizes. As mamães Amaurobius ferox também se sacrificam para alimentar seus filhotes canibais: cerca de 60 a 130 filhotes se alimentam primeiros dos irmãozinhos (ovos que ainda não foram chocados) e depois devoram a mamãe (ao contrário do orangotango, aranhas amadurecem muito rápido e não precisam aprender nada com sua geradora).

E daí vem a beleza da mamãe aranha: ela poderia fugir da teia e evitar a morte certa, mas ao invés disso, se entrega para seus pupilos, pois sabe que estará dando a eles os nutrientes que os bichinhos precisam para crescer (e quem é que quer que eles cresçam?). Pelo menos os irmãos sobreviventes crescidos se suportam por um tempo mais longo: 3 a 4 semanas antes de deixarem o ninho.