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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tubarões ( part III )

Dando continuidade a postagem Tubarões (part II), posto Tubarões (part III) complementando especificações de mais algumas espécies que julgo interessantes.

Tubarão Branco


Imagem cedida por Gabriel Ganme

*O Tubarão Branco é sem sombra de dúvida o mais importantes de todos os tubarões, pelo menos é o mais temido por todos, inclusive pelos próprios mergulhadores. Fugindo da lógica dos outros tubarões que seguem um padrão de ataque indo em direção a sua presa, o grande Tubarão-branco prefere atacar na surpresa, surgindo praticamente de um lugar inimaginário. E isto está diretamente ligado a sua anatomia, um animal com o corpo em forma de torpedo, sendo capaz de projetar suas arcadas para frente facilitando a mordida. Além de ser um animal dotado de uma musculatura muito especializada, o Tubarão-branco tem a capacidade de se camuflar, tornando-se invisível. Quando é avistado por cima, o cinza de seu dorso se confunde com o fundo, e se for visto por baixo, o branco do seu corpo se perde com o branco do contraste do sol na superfície. Além de todas as características de um excelente predador, o Branco tem uma preferência pelo ataque de baixo para cima, surpreendendo suas vítimas, não permitindo nem os mergulhadores mais experientes determinarem o instante que ocorrerá o ataque. Este animal que pode chegar aos 7,2 metros de comprimento e pesar mais de 3 toneladas, possuidor de dentes com 7,5 cm. Há relatos de um exemplar que foi capturado que media 11 metros e tinha aproximadamente 36 anos de idade. O litoral australiano parece ser um lugar de preferência, apesar de rastreadores instalados em alguns animais comprovarem que eles navegam por todos os oceanos, e na costa brasileira o sudeste e o sul serem mais possíveis de encontrar um Branco. Um animal de hábitos solitários, mas quando o assunto é oferta de comida, poderá existir um agrupamento de mais de 10 indivíduos, mas sempre haverá a hierarquia dos maiores sobre os menores. Além do homem, os únicos predadores reais para um Tubarão-branco, seriam a baleia orca ou um outro Tubarão-branco ainda maior
Imagem scaneada do livro "Tubarões no Brasil"


Imagem cedida por Gabriel Ganme


Tubarão Azul

Imagem scaneada do livro "Tubarões no Brasil"


* Tubarão Azul apesar de sua beleza, essa espécie não deveria estar aqui nesta seleção, por que não tive nenhum contato mais próximo com ele, mas é exatamente por este fato que ele entrou na postagem agora. Principalmente após o acontecimento junto ao Hipermercado Extra, que está mais detalhado na postagem Tubarões (part IV considerações finais). Infelizmente em pleno ano 2012 o homem colocou este animal ecologicamente extinto. Ou seja, existem apenas alguns exemplares dele na natureza, mas a quantidade é tão pequena, que é praticamente impossível que consigam repor uma população com quantidade suficiente para sair da extinção. E isto aconteceu por causa de sua pesca excessiva para sustentar o mercado de sopa de barbatana de tubarão e pelo desequilíbrio caudado pela indústrias pesqueiras. Ele recebe esse nome por causa da sua cor azul escuro no dorso. Podendo chegar aos 4 metros de comprimento e pesar até 240 quilos e com uma idade máxima de 20 anos. Um tubarão que pode ser considerado nômade por não ter moradia em lugar certo têm seus hábitos oceânicos. Sua reprodução começa quando a fêmea chega aos 5 anos de idades. A gestação tem um período de 12 meses e normalmente nascem de 25 a 50 filhotes em mar aberto onde não há muita proteção. Normalmente encontrados na superfície e às vezes com a nadadeira dorsal para fora da água, em seu estado normal nadam lentamente. Pelo fato de acompanharem navios em busca de dejetos que lhe são oferecidos, junto com o Galha Branca Oceânico, o Tubarão-azul são os grandes responsáveis pelos ataques aos sobreviventes de naufrágios e acidentes aéreos. Eles apresentam as fendas branquiais com características que conseguem prender pequenos presas, isso foi mais uma adaptação da evolução, pelo fato deles viverem em mar aberto onde se deve aproveitar qualquer presa. Quando se encontram em grandes grupos podem ser perigosos, mas quando estão sozinhos não oferecem perigo.


Imagem scaneada do livro "Tubarões no Brasil"


Tubarão de Galápagos

Imagem Gilson Jr Fotografia de Verdade

*Tubarão de Galápagos, um animal que pode chegar aos 3,7 metros de comprimentos e pesar até 86 quilos, e que alcança a maturidade sexual após os 10 anos de idade. Apesar do nome ser Tubarão de Galápagos, esses peixes não são exclusivos das Ilhas do Arquipélago de Galápagos, em águas brasileiras também podem ser encontrados em Fernando de Noronha e no arquipélago de São Pedro e São Paulo e também na Ilha Trindad. Talvez seja a preferência por locais de muita correnteza que faz com que existam muitos deles em torno das Ilhas Darwin e Wolf em Galápagos. E nos seus hábitos alimentares em volta destas ilhas estão incluídos os leões –marinhos e as iguanas. Em novembro de 2011, durante um dos meus mergulhos na ilha de Wolf, tive o prazer de presenciar essa caçada do Galapenho na tentativa de abater um leão-marinho que aventurou-se nas águas conosco. Instantes importantes para o currículo do fotógrafo subaquático, mas um ambiente realmente muito tenso, felizmente o leão-marinho conseguiu despistar os tubarões e se manter vivo por mais um dia. Por viverem preferencialmente em ilhas oceânicas, sua pesca é muito limitada. 


Imagem scaneada do livro "Tubarões no Brasil"


Tubarão Mangona

Imagem cedida por Marcelo Simões

*Tubarão Mangona, Em 2011 quando estive na África do Sul em busca de imagens dos grandes Tubarões Tigre e os Tubarões Baleia, também, haveria a possibilidade de encontrarmos os tubarões Mangonas. Os recifes da região de Sodwana Bay é praticamente um berçário para as fêmeas darem a luz aos seus filhotes, mas, infelizmente a natureza está mudando, a destruição é uma realidade presente em todos os canto. Não encontramos nenhum deles. Uma característica evidente nesta espécie é a boca longa e angulada, passando posteriormente aos olhos, com dentes longos, pontudos e curvos para frente. Podendo chegar aos 3,2 metros de comprimentos e pesar mais de 150 quilos O Mangona é um tubarão de aparência exótica. E seus filhotes já nascem com aproximadamente 1 metro. Um animal que tem hábitos de canibalismo ainda dentro dos ovidutos (uma forma de útero), proporcionando após 9 meses, o nascimento de apenas 2 filhotes bem desenvolvidos e muito ativos. Como citado no início, é uma espécie em alto risco de extinção por causa de sua baixíssima taxa de reprodução. De hábitos solitários em meia água ou ao fundo, o Mangona nada de forma bem lenta. Extremamente calmo, esta espécie permite uma aproximação muito grande dos mergulhadores, apesar de sua aparência aterrorizante e seus dentes que lembram um animal pré-histórico, o Mangona é uma vítima em potencial dos pescadores subaquático. E um belo presente aos fotógrafos aquáticos, faltando apenas o encontro acontecer de fato.   

Imagem scaneada do livro "Tubarões no Brasil"

Imagem cedida por Marcelo Simões

Imagem cedida por Marcelo Simões
Apesar das enormes diferenças que podem haver entre cada espécie, tubarão é, e sempre será o “tubarão”, reis dos mares, o animal que está no topo da cadeia alimentar de seu habitat. Na prática, nunca um tubarão será um cação de verdade, a não ser que seja no prato de alguém que não queira enxergar a realidade.    
Leia mais em:
Tubarões ( part I )
Tubarões ( part II )  

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