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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

domingo, 26 de dezembro de 2010

27 de Fevereiro 1976



Dia 27 de Fevereiro, foi o dia escolhido por Deus e o médico para comemorar meu aniversário. Mas segundo história de minha mãe, naquele ano de 1976 ela daria a luz seu primeiro filho no dia 29 deste mesmo mês. Hoje eu ficaria sem uma data exata para comemorar mais um ano de vida,ou teria meu aniversário apenas de quatro em quatro anos, logo eu que amo viver minha vida. Mas como o povo brasileiro se preparava para os festejos do carnaval , fui obrigado vir ao mundo nesta sexta-feira para que o médico também pudesse comemorar com sua família.
Além de ter ganho mais dois dias na minha história aqui nesse mundo, isto não mudou em nada meu sígno, um pisciano, seria esse o motivo pela paixão que tenho pela vida abaixo do nível d’agua dos mares. Já no horóscopo chinês, tenho o dragão como símbolo e nem por isso tenho tanta admiração assim por isso.
Minha mãe  quando não estar cuidando da casa, passa seu tempo na produção de seus artesanatos. E meu pai com toda certeza teve muita influência no que hoje é minha vida. Formado cirurgião dentista nove anos antes de meu nascimento, vivendo e atuando em uma pequena cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, Valão do Barros foi onde passei minha infância, colégio público até a oitava série, lugar onde tenho amizade até os dias atuais. E para que um dia também pudesse receber a sigla Dr antes de meu nome, tive que deixar minha vida pessoal naquele interior e começar a me dedicar ao que hoje seria minha profissão. Achando que só título de graduado não era suficiente para minha profissão, tive que frequentar o estado de São Paulo por quatro anos.
Mas ainda na minha infância adorava ver e mexer em uma máquina fotografia de fole de meu pai, apesar de nunca ter visto aquela máquina funcionar, hoje teria enorme prazer se tivesse essa relíquia em meu poder.  Mas de uma canon analógica reflex, ví muitas fotos dos acampamentos que fazíamos. A fotografia não era tão forte no meu pai, quanto nos meus dias atuais, mas a exclusividade pela canon, certamente tem origem no nome escrito em branco no topo de uma máquina grande, preta e que produzia belíssimas imagens, depois de esperar mais de mês, naquele processo de 36 posses e revelação só em cidade grande.
Véspera do décimo natal da era 2000, sou Cirurgião Dentista,  direciono minha profissão as especialidade de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Implantodontista e a de Ortodontia. Divido meus horários na clínica em Nova Friburgo, no Hospital São Sebastião e em um consultório em Valão do Barro. Em viagem ao Pantanal Matogrossense, em comemoração ao fim do Mestrado em Cirurgia, consegui fazer uma das fotos que mais me orgulho de minha vida como fotógrafo da vida selvagem. O encontro cara a cara, no meio do mato, armado apenas de minha máquina fotográfica, foi um troféu para meu currículo. Um onça pintada, parou em minha frente, vista através de minha lente, hoje gravada em minha mente, em meu acervo e tatuada em meu corpo.
Após quatro anos de universidade na capital carioca, recebi o diploma em Novembro de 1999. Comecei a ter tempo e um pouco de dinheiro para começar a mergulhar e fotografar. Em máquina analógica nunca imaginei que um dia fosse ter tantas imagens subaquática conforme tenho hoje. Em 2005 foi a primeira vez que coloquei uma máquina fotográfica dentro d’agua, além de ser uma máquina analógica e sem iluminação externa, as primeiras imagens ficaram realmente um desastre.
Certo que a experiência se adquire com tempo e a prática, hoje me sinto mais seguro quando estou em um centro cirúrgico operando, e muito mais certo que os resultados de minhas fotografias serão bem melhor daquelas primeiras imagens. Em máquina digital, de alta resolução, duas fontes de iluminação externa, um competente editor de imagens, foram ferramentas fundamentais para a realização de algumas exposição fotográfica pelo país. Em uma viagem as belezas do Mar Vermelho, em maio deste ano, além da experiência de vida, voltei como uma necessidade enorme de expor minhas imagens, foi quando descobri uma nova forma de divulgar meus trabalhos. A inserção de fotolivros em formato digital em sites especializado permitiu que meus trabalhos fiquem exposto constantemente.
De malas arrumadas para próxima viagem à mergulho, a África pelo lado do Oceano Índico, será o lugar de um encontro que estar me deixando dividido entre a ansiedade e a tensão,  ficar cara a cara com o Grande Tubarão Tigre, com o Mangona e o fascinante Tubarão Baleia, será muito importante para minha vida. E apartir de hoje só Deus poderá tornar o amanhã um passado vivido e fotografado da melhor forma que sei fazer, me dedicando a vida.