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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Serra dos Três Picos (Nova Friburgo)


Cuidado com animais na pista
Cuidado com a cerração







A serra Friburgo - Cachoeiras de Macacu, esconde em uma de suas curvas, uma pequena barraquinha. A barraca do Russo, um homem de aparência simples mas de um coração enorme. Ele se preocupa diariamente com o fornecimento de bananas, muitas bananas, para os pássaros nativos desta serra coberta pela mata atlântica. Com atenção na estrada e principalmente na curva acentuda bem em frente a barraca, muitos passam por ela e nem a percebem de tão modesta. Mas quando se tem um tempo para parar e poder admirar o cuidado que o Russo tem com aquelas aves, certamente irá se encantar com a beleza das cores e a enorme quantidade de passarinhos que  vão ali diariamente pelas frutas.
O amor é lindo!




Com uma altitude de mais de 1100 metros, a serra sofre intensamente com o inverno, e consequentemente as árvores frutíferas daquela região, aumentando mais ainda a quantidade de pássaros que vão se alimentar do banquete servido pelo simples homem. Mas um outro trecho da mesma estrada guarda uma outra história, que mesmo indiretamente , esteve ligado a minha infância. O “véi” Ruy, meu tio paterno, e também meu grande amigo, era motorista de caminhão antes de se aposentar. Em uma de suas viagens partindo de Nova Friburgo em altas horas da madrugada, o ”véi” Ruy viu algo de estranho em seu caminhão, e quando percebeu que o carro estava em chamas, ele perdeu o controle do veículo só dando tempo de abrir a porta e se jogar na estrada antes que o caminhão caísse ponte abaixo. Mas o que teria a ver esta história de minha infância? Em minha época de garoto, quando passava por aquele trecho, meu pai sempre me dizia que aquele remendo feito no para-peito  da ponte havia sido feito para consertar a parte que foi destruída com o acidente do meu velho tio Ruy. Graças a Deus ele não se machucou, apenas a ponte carrega até o dia de hoje a cicatriz daquela madrugada fria.

























Mas minha postagem não é para contar as tragédias da serra, e sim mostrar alguns click`s que consegui fazer em uma rápida parada para comprar algumas bananas, e com isso, ajudar a manter vivo aquela cantinho. Os pássaros praticamentenão se incomodam mais com a presença dos visitantes, por pouco não pousam na máquina fotográfica, estão mais preocupados com a deliciosa comida. Já o esquilo que apareceu, ainda bem que eu estava com a máquina em mãos, surgiu do nada, tirou uma banana do cacho e saiu, desaparecendo como em um passe de mágica. 





Cicatriz do passado

Agilidade





O elegante araçari , ave parente do tucano, ficava tentando me despistar mas mesmo assim consegui algumas imagens dele. O beija-flor também não queria muito papo com a câmera. Mas as maritacas, essas sim, não estavam nem um pouco preocupadas com minha presença, elas queriam mais é namorar e ganhar carinhos de seus parceiros entre uma disputa e outra pelas bananas. Já as saíras ficaram responsáveis pela beleza em cores.
A direita de quem sobe a serra, mais próximo de Cachoeiras do que de Friburgo aquela curva esconde um canto simples cheio de beleza, cheio de vida e com bananas para todos os gostos. Valeu os click`s.

Rabilonga



Barraca do Russo