(Matéria de minha autoria em texto e fotos publicada na Revista Deco Stop)
Mar Vermelho
Sete dias embarcado e quatro dias em terras egípcias.
Expedição tubarão no
Mar Vermelho
Sete
dias embarcado, quatro dias em terras egípcias e praticamente seis dias de
viagem.
Um
breve resumo de como seria uma única viagem até o Mar Vermelho na busca de um
grande encontro. O termo Vermelho, para um mar de águas cristalinas, não
parecia fazer alusão ao local. Uma das poucas explicações que consegui receber
sobre a origem do nome “Mar Vermelho” e,
também foi a que mais tinha sentido na prática, é que, ao sobrevoar as regiões
de arrecifes, a coloração da superfície era exatamente vermelha. E para ajudar
na criação destas cenas, o Mar Vermelho não tem nenhum rio desembocando nele,
tornando suas águas ainda mais transparentes. Mas
isso não parece ser tão perfeito apenas na imaginação. Um lugar que
transforma o azul infinito de seus abismos em combinações de cores quase tão
perfeitas quanto a harmonia de vidas nos milhares de corais. A diferença do
árido de um ar carregado de uma cor amarronzada, em superfícies avermelhadas,
quando se sai do voo sobre terra para uma área com arrecifes como a região de
Saint John Reef (Recife de São João) onde aconteceram os meus mergulhos. Aí
sim, pude ver de perto que realmente fazia total sentido a explicação dada
sobre a origem do nome, Mar Vermelho.
Mas,
para chegar até essa região não é tão simples, horas e mais horas são encaradas
até o momento de embarque no live abord, que infelizmente ou felizmente, ainda
irá navegar interruptamente por pelo menos mais umas 12 horas até os mergulhos
começarem verdadeiramente. Um ponto aonde a beleza irá se tornar algo cada vez
mais espetacular. Lugares esses, que a visão se perde no céu tocando ao mar em
todos os 360° graus em torno da embarcação.
A
imagem sobre a superfície será sempre a mesma, água, mar, água do mar vermelho,
e no céu um azul tão intenso quanto o azul profundo que estava abaixo de nossos
pés. Mas, bem próximo a superfície, os corais submersos são predominantemente
vermelhos, mas isso só acontece de cima para baixo, porque abaixo da linha
superficial, o que acontece é uma combinação de cores vivas, tanto no sentido
de suas intensidades como no sentido real da palavra. Animais que se confundem
em tantas cores, corais com cores e formas exuberantes, somado a isso, um azul
transparente ao horizonte, um azul escurecido ao fundo e para finalizar um azul
explodindo ao branco, vindo do sol.
O lugar é realmente fantástico e
carrega consigo todo o charme de uma viagem dos sonhos que começa com o voo no
aeroporto internacional de São Paulo com destino a capital italiana e, após
treze horas a bordo de uma aeronave durante toda noite, é hora do pouso em
Roma, apenas para conexão com destino a cidade do Cairo. O tempo da conexão foi
suficiente para um belo café italiano, esticar um pouco as pernas e, novamente
embarcar com destino ao Egito. Apesar do cansaço de longas horas de voo, o
trecho São Paulo - Roma é completamente normal sem qualquer característica mais
importante.
Já no segundo voo, por ser durante
o dia, tivemos a oportunidade de observar todo o charme de quem está cruzando o
Mediterrâneo em praticamente as quatro horas de voo até o momento em que
entramos em território africano. Um ar com aparência turvo, e um solo
predominantemente marrom, só perderam a importância nas proximidades do
aeroporto do Cairo, por causa da quantidade de aeronaves destruídas que tinham.
Pouso completamente tranquilo, mas o choque de cultura é algo que realmente
impressiona, principalmente aos que estão pela primeira vez naquele lugar. A
burca, querendo ou não, ainda é algo que gera alguns sentimentos estranhos,
desejo, admiração ou simplesmente curiosidade.
Ainda bem que pelo menos dentro dos
hotéis é permitido tomar uma cervejinha para relaxar depois de tantas horas de
viagem. Mas o tempo é curto, e é imperdível uma visita ao mercado popular na
capital. Um rápido banho, roupa fresca e confortável, e um táxi não muito
confortável até a feira. Um amontoado de lojinhas com quase tudo que se possa
imaginar, vendedores desesperados, e preços que normalmente caiam pela metade.
Lembrancinhas, souvenir, ouro, alimentos, muita raridade e principalmente um
desfile da cultura local. Mas é hora de retornar ao hotel, porque a manhã do
dia seguinte é hora do próximo voo com destino Hurghada.
Assim que o dia amanhece, e pouco
mais de duas horas de voo, pousamos na cidade que sofria com uma temperatura de
aproximadamente uns 50⁰C.
Rapidamente embarcamos no ônibus que irá nos levar até o cais, onde iremos dar
início a vida abordo de um confortável iate. Após umas duas horas de viagem no
ônibus, é hora de uma parada para um almoço as margens do tão sonhado mar
vermelho, que por enquanto ainda é completamente tímido. Mais umas seis horas
cortando deserto adentro, cruzando cidadezinhas, alguns imprevistos e sempre
sob o calor extremo, quando fora dos lugares climatizados, finalmente chegamos
ao cais, o que na prática não era propriamente um lugar com aparência de cais.
Um canto de terra batida, uma escuridão, iluminada apenas pelas luzes dos
poucos barcos ancorados e, ao fundo alguma iluminação de mais uma cidadezinha
perdida ao deserto. É hora de uma pequena pausa e refletir sobre o que se pode
sentir neste momento.
O embarque no grande “live abord” é
feito com apoio das pangas, botes infláveis que irão fazer parte dos nossos
dias durante todos os mergulhos que estão prestes começar acontecer. É a
primeira noite abordo, infelizmente ainda será ancorado as margens desse
deserto. Um briefing de como será a semana abordo, um saboroso jantar e
finalmente o descanso. A ansiedade, expectativa e curiosidade com toda certeza
irão fazer parte dos sonhos desta próxima noite.
O dia amanhecerá já estando
embarcado, e a vontade é que já estivéssemos em algum lugar daquele mar, mas
infelizmente o dia amanhece e ainda estamos ancorados as margens daquele
deserto implacável. E agora sim, com a claridade do dia, a cidadezinha de Marsa
Alam que quase não aparecia no meio da noite, mostra sua arquitetura típica.
Aos poucos as demais embarcações que estão ao nosso lado vão saindo, até chegar
o momento que a fiscalização nos dar o “ok” e nos libera. Neste momento não tem
como não sentir um certo calafrio ou algum sentimento que não é fácil de ser
explicado. Finalmente os motores estão roncando em força total, o barulho das
águas no casco e aquele suave balançar constante é realmente inexplicável.
Foram horas de voo, já é um outro
continente, uma cultura que foge de todos os nossos padrões. Imagens desérticas
sempre sob um sol muito quente e agora o litoral já está sumindo no horizonte e
finalmente em poucas horas estarei caindo n’água pela primeira vez em um lugar
que para mim seria uma novidade a cada momento. E a semana passará dentro deste
padrão. Sempre longe do litoral, uma parada próximo a uma formação de coral, um
ou dois mergulhos e novamente a navegação continuará firme rumo ao próximo
ponto, sempre em direção ao sul do Egito, até as margens da fronteira com o
Sudão, que será o momento que iremos retornar para o ponto de partida, onde
será o fim da semana e o início do retorno ao Brasil.
É um pouco óbvio que os amantes do
mergulho tenham um pouco de admiração pelo Mar Vermelho, busque um pouco de
informação sobre o lugar ou até mesmo viaje virtualmente por site que tragam
imagens, vídeos daquele paraíso. Mas na prática, o que acontece, pelo menos foi
assim comigo, o lugar precisa mesmo é ser visto e sentido de perto.
O “check dive” vai acontecer a
poucos minutos e teoricamente seria em um lugar de pouca importância, um lugar
raso e sem a presença de tubarões. Tecnicamente foi isso mesmo, mas na prática,
não há a menor possibilidade que o mergulho fosse realmente simples. A
transparência da água chega próximo ao que seria perfeito, temperatura mais
agradável impossível e quantidade de vida, cores e encantos estavam muito além
do que já havia visto em meus mergulhos pelo litoral brasileiro. Ainda pensar
que esse seria um lugar para o primeiro mergulho, apenas um ponto para checar
se está tudo “ok”.
E novamente os motores voltaram a
empurrar nossa embarcação, e desta vez os mergulhos começariam a ser no grande
estilo do “Red Sea,” impossível acreditar que haveriam lugares naquelas águas
ainda melhores que o primeiro ponto. E a navegação seguiu firme, forte e
constante mar adentro, neste momento meus sentidos já haviam se perdidos a
tempos, longe de qualquer margem, cruzamos a noite toda sobre aquele mar de
cores inconfundíveis. Um grande “live abord” de três andares, escolhi minha
cabine no piso inferior para poder ficar mais perto do barulho das águas, para
quem está nesta vida embarcado, é muito legal passar a noite ao som do mar,
sendo cortado pela embarcação.
Muito além de todos os outros
motivos que me levaram até aquela região, o grande incentivo era mesmo
encontrar cara a cara com o grande tubarão Galha Branca Oceânico. Um animal que
pode chegar aos 4 metros de comprimento e pesar mais de 160 quilos, dotado de
membrana Nictitante, uma espécie de pálpebra que protege os olhos na hora que o
tubarão parte para o ataque. De hábitos solitários, essa espécie de tubarão
normalmente vive próximo a superfície, vagando pelos oceanos na companhia de
peixes piloto, rêmoras e até mesmo pequenos dourados. Uma curiosa característica
desse tubarão é que nos acidentes aéreos e nos naufrágios, onde as vítimas
entram em desespero e ficam se debatendo com o corpo dentro da água e a cabeça
para fora, os Galhas Branca eram os primeiros tubarões a chegarem e,
consequentemente, atacavam os sobreviventes.
Apesar de estar indo para o Mar
Vermelho em busca deste animal, a presença dele faz qualquer mergulhador pensar
um pouco no caso. Mas o grande detalhe é exatamente a diferença entre os
sobreviventes e os mergulhadores, a maior probabilidade de uma real investida
do tubarão, só acontece no caso se suas possíveis vítimas estarem parcialmente
na superfície. Estando submerso, equipado e obviamente mantendo o limite e o
respeito um pelo outro, a probabilidade de ocorrer um ataque é praticamente
impossível.
E o segundo mergulho desta viagem
já seria em um ponto de grandes possibilidades de encontro com esses tubarões.
E assim que o dia amanhece, somos despertados ainda bem cedo. A embarcação
ancorada em um certo lugar que não tenho a mínima noção de onde seria. Nesse
momento começariam verdadeiramente os mergulhos. Briefing como de costume. A
saída será a bordo das pangas de apoio, o grupo já equipado e ao “três”, todos
cairiam imediatamente n’água com colete purgado e desceria até ao fundo. Caso
houvesse algum tubarão por perto, nenhum mergulhador correria o risco de ser
atacado se seguisse as regras. E a partir desse momento era só felicidade. E a
minha dúvida se poderia existir um lugar ainda melhor do que o primeiro ponto
foi sanado imediatamente. Talvez seja um dos poucos paraísos ainda existente
para muitos mergulhadores. Visibilidade até aos olhos não alcançarem mais, vida
por todos os lados, arrecifes em completa harmonia, paredões que despencavam
muito além de nossos limites e no azul os grandes moradores apareciam
timidamente. Grandes atuns, xaréus, alguns tubarões e nós mergulhadores,
obedecendo as leis do mergulho, principalmente quando o fundo estava abaixo dos
trinta metros.
Ao todo somaríamos vinte e dois
mergulhos durante a semana a bordo, e para que os mergulhos se tornassem ainda
melhores, o uso do Nitrox é uma exigência não obrigatória, mas, de total
necessidade. Antes mesmo do café da manhã faríamos o primeiro mergulho, um
descanso, o próximo acontecia antes do almoço. Aí não tem jeito, um cochilo,
mais um mergulho a tarde e para fechar o dia com chave de ouro, mais um
mergulho ao anoitecer. Que normalmente acontecia com pouca vida, mas o
espetáculo estava mesmo nos ataques que o Lion Fish faziam sobre os peixes
menores, usando as luzes dos mergulhadores como arma para isso.
E por falar em ataque, em um dos mergulhos
ainda durante o dia, vejo um grande Trigger Fish descansando em uma toca, não
sabendo de sua fama , me aproximei ao máximo para realizar algumas fotos em
close, depois de vários cliques, ele resolveu sair calmamente e desaparecer em
meio aos corais. Como aquela cena havia me deixado empolgado, assim que
retornei para embarcação fui buscar informações no Guia Local de Peixes.
Trigger Fish, um dos peixes mais perigosos do Mar Vermelho, adora morder e
arrancar dedo de mergulhadores que se aproximam além do limite. Ainda bem que o
meu estava bem descansado, havia acabado de receber uma limpeza dos peixinhos e
realmente devia estar bem tranquilo, porque simplesmente, ele permitiu que
fizesse as minhas fotos e saiu da toca passando praticamente entre meus braços
e em momento algum demostrou interesse em me atacar. Mas é bom ficar atento
para uma próxima oportunidade, ficar sem o dedo em alto mar, a muitas horas de
qualquer civilização não deve ser muito agradável.
E
desta forma foram acontecendo os mergulhos, ora em fundos, tomado por corais,
peixes, invertebrados, moluscos, harmonia em tudo que se via, anêmonas
protegendo os belíssimos peixes palhaço. Ora acontecia as margens de algum
paredão que normalmente o fim estava apenas em nossa imaginação, mesmo estando
rodeados de grandes peixes, a nossa maior expectativa ainda não havia
aparecido.
Paredão
lado direito, vida ornamental. Imensidão azul lado esquerdo, cercado por peixes
imponentes, grandiosos e majestosos, como se fossem verdadeiros guardiões
daquele paraíso. Eufórico com nossos sentimentos, o computador de mergulho em
nosso pulso era o responsável pelo bem estar submerso, fazendo valer as leis
para quem se aventura respirar como se ainda estivéssemos novamente no ventre
de nossa mãe. Já se haviam passados alguns mergulhos, e o Galha Branca ainda
não havia nos brindado com sua presença majestosa.
Um
dos pontos conhecido como Sha'ab Aid é um show a parte, de todos os lugares que
já mergulhei até o dia de hoje, levando em consideração um mergulho em recifes
para fotografar peixes pequenos, eu acredito que tenha sido um dos melhores ou
até mesmo o melhor de todos. A profundidade em torno de vinte metros e uma
formação de recifes em forma de colunas em uma ampla área, criando uns
corredores que pareciam bailar junto as águas.
Não
sei ao certo se foi pela perfeição do dia com relação a água ou se o horário
era o melhor possível, só sei dizer que a quantidade de vida era enorme. Muitos
peixes palhaço, anêmonas, dominó, peixe anjo, peixe crocodilo, uma infinidade
no espetáculo da natureza. A região de Saint John Reef (Recife de São João) no
Mar Vermelho de um modo geral é muito boa mas, em especial este ponto é
inesquecível. Praticamente em quase todos os pontos desta região existe a
formação de quenios, muitas passagens e alguns salões com entrada de luz pela
superfície, dando aparência de catedrais, apesar de todas as belezas físicas
desses lugares que cruzavam internamente os recifes, a quantidade de vida era
muito maior pelo lado de fora.
Embora
os mergulhos começarem nas maiores profundidades e sempre haver uma certa
quantidade de vida, principalmente os peixes maiores, mas as grandes cenas da
natureza estavam mesmo no momentos finais, nos corais mais próximos a
superfície. Quando já havíamos começado a fazer a rota de mergulho de volta,
após cinco dias sem avistar qualquer terra firme que fosse, pudemos apreciar
uma bela paisagem, em meio a superfície azul que espelhava a luz intensa do
sol, uma imagem da pequena ilha habitada apenas por um farol e algumas aves
marinhas que por alguns instantes resolveram fazer companhia a nossa
embarcação. Apenas uns minutos de distração, porque os nossos sentimentos
estavam tão acelerados quanto os motores que empurravam nossa embarcação. Em
breve estaríamos chegando a Baia dos Golfinhos, uma espécie de enseada onde
provavelmente iríamos encontrar muitos desses mamíferos.
Já
havia acabado de almoçar e como de costume era hora de um descanso, meio que
ansioso. O dia era perfeito e mal chegamos a tal Baia, os golfinhos começaram a
aparecer, não tem como não se empolgar, um animal lindo e uma companhia
fantástica para os mergulhadores. O grande iate ancorado, apenas nadadeira,
máscara, snorkel e obviamente o equipamento fotográfico. Saímos de panga em
busca do bando, e logo que encontramos caímos na água e o momento era para ser
aproveitado da melhor forma possível. Como percebi que o nosso grupo havia
ficado mais aglomerado e consequentemente acabava assustando um pouco os
golfinhos, revolvi fazer meu trabalho sozinho, a oportunidade era única e
perfeita.
Distanciei-me
do grupo, e como sempre usando minhas longas nadadeiras que teoricamente são
usadas para caça submarina, pude ter maior rendimento na busca pelo melhor
ângulo. De longe vejo o bando vindo em minha direção, submergi em apneia até o
fundo e esperei que se aproximassem, no momento exato, acredito que a foto
perfeita, dois golfinhos se tocando ao encontro, como se fosse um golfinho em
frente ao espelho. Os mergulhos acontecem de forma rotineira, mas os momentos
devem ser criados dentro das possibilidades, o meio subaquático dificilmente
irá lhe proporcionar uma segunda chance como na primeira.
A
semana embarcado vai se acabando, e os mergulhos vão chegando ao fim e tudo
ocorreu dentro dos padrões que se havia imaginado nas referências técnicas, mas
dentro das expectativas, a nossa semana passou com momentos muito superiores do
que havíamos pensado. Inúmeras suítes completavam o conforto de nossas noites.
Uma Sala de Estar, comida tipicamente italiana e um deck superior fazia o tempo
de superfície passar ainda mais rápido do que já imaginávamos. E o primeiro
ponto que caímos na água ainda no “check dive”, agora será o nosso último mergulho,
e como sempre o lugar ainda conseguiu superar muitos outros mergulhos, enormes
cardumes de pequenos peixes enfeitavam ainda mais o lugar e infelizmente é hora
de guardar o equipamento, correr contra o tempo e secar o neoprene.
O
desembarque acontecerá no mesmo suposto cais e nosso destino de agora será a
cidade de Luxor para visitar o Templo dos Reis, o Túmulo de Tutancâmon e novamente encarar a temperatura ao extremo. Por mais
perfeita que tenha sido a semana visitando diversos pontos daquela região que é
um ponto de encontro com o grande tubarão, infelizmente ele não apareceu, a
frustação ficou insignificante porque o Mar Vermelho está muito além de
qualquer expectativa.
Os
dias finais da viagem serão visitando Luxor e mais alguns pontos turísticos em
Cairo, um passeio de balão sobre as margens do Rio Nilo deixa nitidamente claro
a diferença de vida da faixa de terra em torno do rio para as terras um pouco
mais distantes dessas águas. A Expedição tubarão no Mar Vermelho começa muita
antes da data de embarque, apesar de toda tranquilidade dos mergulhos, é
interessante que se leve consigo um pouco de experiência para viagem, a rotina
de mergulho é intensa, os pontos são bem distintos, a grande probabilidade de
encontro com grandes tubarões é muito real e a cultura local está completamente
distante de nossas vidas.
O
lugar é fantástico, os dias parecem muito curtos para se ver e viver tudo o que
lugar lhe oferece. E após toda trajetória de volta nos voos chegando até São
Paulo, a simples viagem de muitos mergulhadores ainda ficará na lembrança e nos
sonhos que quem esteve naquelas águas de um azul infinito que emolduram os
corais de um mar verdadeiramente vermelho. Sete dias embarcado, quatro dias em
terras egípcias é certamente a viagem de uma vida.
Por
Gilson Jr Fotografia de Verdade.
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Deco Stop
para quem gosta de mergulho