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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A beleza de uma forma estranha

Perfeição


Para quem pratica o mergulho e ainda tem uma atração a mais pela fotografia, também carrega um interesse maior por alguma coisa, eu particularmente odeio as cavernas, sou muito mais da prática dos mergulhos no azul aberto, profundo ou não, mas prefiro ter a liberdade, é o que essencialmente o mergulho oferece, afinal de contas, liberdade e o mergulho estão diretamente ligados. E na fotografia, uma grande maioria de mergulhadores tende para imagens em grande angular, o que também não é meu ponto forte,  gosto muito mais dos detalhes, as pequenas coisas me atrai um pouco mais que outras. É até um pouco injusto falar disso, já que os tubarões estão no topo de meus preferidos, mas infelizmente eles não estão presentes em todos os mergulhos, muito pelo contrário, quase sempre eles estão muito longe dos momentos que estamos dentro d’água. E nesses mergulhos sem os "tubas" que entram a vida nos corais, uma diversidade tão grande que é capaz de tornar um mergulho completamente diferente do anterior, mesmo que seja no mesmo lugar. 





























Não sei ao certo se na teoria, a verdade é a mesma que na prática, mas acredito que a macro fotografia, ou pelo menos, esse interesse pelos detalhes, seja tão fácil de fotografar quanto as de grande contexto. Primeiramente a necessidade de encontrar os detalhes, as vezes tão pequenos que passariam facilmente desapercebidos, outro ponto muito importante é o cenário que eles se encontram, sempre em meio aos corais que não podem ser tocados, destruídos ou até mesmo alterados durante a fotografia. Até certo tempo atrás, eu usava alguma rocha próximo ao assunto como âncora, mas nem sempre isso era possível, me obrigando a perder a foto ou a tocar em algum ponto do coral. Nem sempre o ângulo da fotografia ideal estava de cima para baixo, na maioria das vezes o ideal seria ficar bem próximo aos corais. A auto crítica e o tempo foram fazendo com que eu conseguisse realizar esse trabalho sem a necessidade de me prender em alguma coisa, ter um maior controle do corpo durante o mergulho facilitou muito o prática para esse tipo de foto. 

Novo formato de coral, Coral Garrafa. Origem na irracionalidade humana.

Peixe Pedra





Poliqueta em Arraial
Além da destruição que pode acontecer em tocar nos corais, também existe o risco do ferimento, muitos deles são urticantes, outro podem causar feridas com altas possibilidades de infecções. Enfim, a fotografia subaquática e principalmente as que buscam evidenciar os detalhes não é tão fácil quanto se parece. Mas acho que escrevi até aqui simplesmente porque é de enorme satisfação que cada visitante do blog pare e admire por algum tempo cada imagem, ou pelo menos as que chamam mais a atenção. A simples imagem de uma poliqueta, que aparentemente seria bem simples de fazer, tem um certo preparo. Um animal com uma percepção enorme do ambiente, e na menor alteração ela se esconde imediatamente em seu casulo. Até a respiração do mergulhador pode atrapalhar a foto. Então para fazer uma simples imagens como a  "Poliqueta em Arraial"  tive que me aproximar com todo cuidado, ficar atento para não tocar em nada, focar o ponto principal e disparar o click.  


























Lagosta indecisa
Outros animais já não se preocupam tanto assim, o peixe-pedra parecia saber de sua proteção natural e que dificilmente eu seria um predador para ele, pelo menos, pude aproveitar a cena e fotografar com toda paciência, até conseguir a imagem que desejava. E muito menos preocupada, ou quem sabe realmente não estava nem aí para minha presença foi a garrafa esquecida no fundo, já havia tanto tempo que estava por ali que fazia parte do meio. A lagosta ficava meio que, não sabe se vai ou se fica, se esconde ou não suporta a curiosidade e se aproxima daquele ser estranho para ver o que é, um fotógrafo, é claro.

Maria da Toca, na toca



Já tive que encarar alguns espinhos de ouriço do mar em meus dedos, mão na toca e só depois ver que ali morava uma moreia, algumas coceiras depois de encostar em certos corais, mas tudo isso faz parte do momento. Tento fazer disto simplesmente uma valorização do que realmente gosto de fazer, transformar aquele momento em uma imagem.

Um beijo a todos kkkkkk













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