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Cação não existe

Cação não existe
Cação é tubarão! Apenas uma nomenclatura para se vender carne de um animal em extinção

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Arquipélago de Galápagos Lima-Quito-Guayaquil-San Critóbal




Antes de carimbar o passaporte na entrada do arquipélago de Galápagos, são necessárias algumas horas voos, conexões em alguns aeroportos e bastante tempo para aproveitar a altitude dos lugares. Saindo do Rio de Janeiro no voo pela madrugada com destino a cidade de Quito no Equador, uma conexão com tempo apenas para a troca de aeronave no aeroporto de Lima no Peru e finalmente o pouso na capital equatoriana. Normalmente a viagem terá uns dois ou três dias nesta cidade antes do embarque no live abord. O “Ecuador” não tem moeda própria, em 2000 o Sucre, nome da extinta moeda equatorina, escolhida em homenagem a um general, perdeu lugar para o dolar americano, sendo trocado na proporção de 25 mil sucre por 1 dolar, sendo hoje o dolar a moeda oficial do país. Uma cidade aos três mil metros de altitude, tem um clima ameno e o charme das alturas. Um jantar imperdível é aos pés da Virgen del Panecillo, um restaurante aos 3410 metros em relação ao nível do mar, com uma visão panorâmica da cidade, é um excelente local para finalizar o dia após um passeio pelo centro histório . Talvez seja em função do preço da gasolina ser muito abaixo dos valores aqui do Brasil, o que torna extremamente recomendado andar de taxi pela capital, além de minimizar o risco de assalto, o custo é praticamente insignificante, é possível cruzar a cidade com menos de 5 dólares.







Nos fins de semanas, um passeio muito interessante é a visita a feira indígena, que acontece na cidadezinha Pinchincha, distante a 3 horas de viagens. Muitos artesanatos locais, cultura andina, objetos de povos antigos, entre muitos outros artigos vindo de outros países que fazem fronteiras com o Equador. Mas antes de chegar na feira, uma parada no exato ponto por onde passa a Linha do Equador, uma breve apresentação dos conceitos de antigos povos que já tinham noções deste ponto, construindo sítios arquiológicos em pontos de extrema precisão geográfica. Um conjunto de lugares, posições de astros, linha que o sol percorre e o novo conceito da posição do globo terréstre em relação o seu longo eixo no espaço. 





As pinturas e peças de vestuário são os que mais dominam a feira, além dos preços das mercadorias serem baixos, ainda é possível uma boa breganha, conseguindo descontos de até 40%. E finalmente consegui comprar o fóssil petrificado, já vinha atrás de um deste a algum tempo e, depois de muita briga pelo desconto, fechamos em um preço justo aos dois.
Mas o passeio fica ainda melhor quando chega a hora do almoço, já no caminho de volta, uma parada ao restaurante as margens do lago que tem como paisagem ao fundo, o vulcão com o pico nevado. Poder saborear trutas com o verdadeiro tempero dos andes, faz parte dos detalhes que vão completando a perfeição do lugar. Um belo passatempo na capital, também pode ser uma visita ao mercado municipal de artesanato, o lugar ideal para compra de lembracinhas . O passeio de caminhada na subida ao vulcão mais conhecido, o Cotopax pode ser feito em meio dia, subindo apenas até um certo ponto, ou a caminha de 4 dias se quiser ir até o ponto mais alto, o que parece ser imperdível, mas infelizmente o horário do meu voo não permitiu que fizesse este passeio.
Uma praça com muitos barzinhos, o jeito estranho de tomar cerveja quente com gelo ou café frio. Mas acredito que tudo faça parte do passeio, poder sentir um pouco dos costumes locais é até certo ponto interessante, mesmo que pareça  um grande equívoco para  nossa cultura. E, exatamente no dia que fui visitar esta praça, haviam telões ao ar livre passado o jogo de futebol Quito X Caracas que acontecia a pouco quiilometros dalí. Um povo muito bonito e de poucas bagunças, o jogo serviu mais para reunir amigos do que das tradicionais cenas de vandalismo que acontecem os outros países. Mas a parada em Quito é apenas para seguir caminho em direção ao Arquipélago, novamente no aeroporto, o voo agora sai com destinho a Galápagos, que fica a 1.000 quilômetros do continente. 






A linha de divide o planeta terra em duas metades iguais. Uma parte superior
e uma inferior. Ou, segundo os novos conceitos, a linha que divide
o planeta terra em uma parte a direita e a outra a esquerda.
Ainda terá uma escala na cidade de Guayaquil. A montanha que fica as margens do lago que fizemos a parada no retorno da feira indígena, tem o seu cume nevado, o que provavelmente seria de uma beleza inexplicável, mas infelizmente é raro o dia que as núvens permitem esta apreciação. Mas em compensação, no voo de Quito para Galápagos, minutos depois da decolagem é possível avistar e se surpreender com tanta beleza para quem estiver sentado do lado esquerdo da aeronave. Com seu pico a cima das nuvens e de uma marcante forma  implacável, este é o momento que consegue desfazer a frustação causadas pelas nuvens durante a parada no restaurante. Rápida parada na única escala no caminho de ida e finalmente o destino final está a caminho. A chegada ao arquipélago é feita sob um forte sistema de vigilância, principalmente  no controle para não permitirem a entrada de qualquer sementes que não sejam endêmicas.




Cardume de arraias douradas sob a luz, as margens do cais em San Cristóbal. Assim que o leão marinho que estava na
calçada as viu, pulou n`água para brincar com elas. Imediatamente o cardume desapareceu.



Inicialmente achei que o voo até o arquipélago seria em alguma aeronave simples e que o lugar fosse ainda muito remoto, mas para felicidade de todos, o voo é feito em grande boeing e a cidadezinha principal, “San Cristóbo” é bem estruturada. Bons restaurantes, muitas lojinhas e belas paisagens. Mas o tempo é curto, teremos que embarcar, navegar horas mar adentro e só na volta poderemos conhecer o santuário das “tortugas”gigantes. E por todo lado, os leões marinhos vão se esparramando pela cidade inteira, em baixo dos bancos das praças, pelas calçadas, na entrada do cais e até nas portas das lojas.



























Uma semana depois, após ter vivido o grande mundo das ilhas Darwin e Wolf, desembarcamos novamente no cais e seus habitantes, lá estavam os leões como se fossem os vigias daquele lugar. Em uma estrada quase que deserta, fomos em direção ao lugar onde vivem as tartarugas gigantes, e os “bichos”são realmente grandes. É engraçado, mas elas tem as mesmas aparências das nossas tartatugas, só o seu tamanho é exageradamente grandes, cascos que cabem um homem dentro, animais que carregam características da época pré-histórica. Mas uma noite a bordo da embarcação e final amanhã iremos ao santuário das iguanas marinhas, mas antes uma passada por uma praia deserta, dominadas pelos leões, ou melhor, pelo leão e seu harém com muitas leoas que estavam todas amamentando. Ainda nesta praia, em um outro canto coberto por pedras, começamos a descobrir as iguanas marinhas. Como sempre, paradonas, aquecendo o corpo com aquele sol escaldante, afinal de contas, são animais de sangue frio e necessitam deste calor para própria digestão.
Mas infelizmente é hora de aeroporto, os mergulhos já acabaram, o tempo já está chegando ao fim e é hora do início da volta para casa, ainda terei três escalas até o meu destino, o início de minha viagem, agora é o fim de meus próximos voos, na próxima madrugada estarei pousando novamente no Rio de Janeiro. Trazendo de volta uma bagagem acima de minhas espectativas, imagens conseguidas dentro dos padrões do limite, uma felicidade superada em todos os planejamentos. Lugares altos, animais grandes, vidas em abundâncias, forças de águas incansáveis, azul que se perde em profundidades desconhecidas. Mergulhos que irão certificar a existencia da vida.












O Arco de Darwin, Ilha de Darwin. Ponto de encontro dos tubarões.



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