Talvez um dos pontos de mergulhos mais sonhado por todos os mergulhadores sejam as Ilhas Galápagos, mas de todas as ilhas deste arquipélago, praticamente duas delas são os locais de encontro com o que há de melhor na prática do mergulho. A viagem a este lugar consegue reunir o espetáculo dos mares, a cultura do povo andino, o charme das altitudes e para completar o encontro com alguns animais muito diferentes de nosso dia-a-dia, além dos grandes dos mares.
Os mergulhos acontecem abordo dos live abord que operam naquelas águas, e desde o dia do embarque até o desembarque, a vida fica restrito ao mar. Mas durante os dias que antecendem o embarque, é possível desfrutar de muitos passeios terrestres que competem com beleza encontradas nas águas que banham as ilhas de Darwin e Wolf, onde realmente acontecem os mergulhos.
Depois de algumas horas de voo partindo do aeroporto de Quito, finalmente desembarcamos na ilha de São Cristovão, já no arquipélago de Galápagos, onde deverá ser pago uma taxa de entrada na ilha, e para quem coleciona carimbos no passaporte, é possível registrar com o símbolo oficial de Galápagos. O guia da embarcação já estará aguardando e irá cuidar de todas as bagagens. Já no cais, e para nos dar o boas vindas, algumas iguanas e leões marinhos.
Uma reunião para que possa ser apresentado as orientações de como será a vida embarcada e mais uma de como será o chek dive que acontecerá a poucos instantes, em um local conhecido como Ilha dos Lobos. Um mergulho de níveis bem simples, realmente apenas para colocar em ordens todos os detalhes, porque depois deste mergulho haverá a última possibilidade de comprar o que for necessário na cidadezinha. Como o nome disse, no mergulho poderíam aparecer alguns lobos, mas no meu mergulho de estréia, eles só apareceram já no final e sem muita interação. Check-out feito, um rápido passeio ao centro e é hora do início da navegação com destinho as ilhas de Darwin e Wolf. Velocidade constante, a navegação levará aproximadamente umas 20 horas até as ilhas. E assim acontece, a noite passa ao barulho das ondas no casco da embarcação em um mar relativamente calmo, às 6 horas da manhã do dia seguinte já é possível avistar o Arco de Darwin, neste momento o coração começa a bater com mais empolgação. Mas ainda faltam umas 3 horas até o ponto de ancoragem, as margens da Ilha de Darwin. Hora do café da manhã e, o breifing de como serão os 3 mergulhos de hoje e os 4 do dia de amanhã. Até este momento da viagem, não existe nada que a faça diferente de outras viagens a mergulho. Mas essas águas não são para mergulhadores inexperiente, tão pouco aos que buscam simples mergulhos, as águas deste lugar escondem abaixo da superfície a soberania do lugar.
Todos os mergulhos durantes os dois dias nesta ilha serão no mesmo ponto e da mesma forma. É obrigatório o uso do sinalizador sonoro de superfície, que é emprestado pela empresa. E não obrigatório, mas também muito útil é o uso da deco-mark, uma bóia inflavel usada como sinalizador de superfície. Além do uso nitrox (uma mistura especial de gás, normalmente 32% de nitrogênio ao invés dos 21% encontrado em nossa atmosfera) que também é extremamente recomendado, facilitando as leis da fisiologia do mergulho.
E a tão pouco tempo que ancorou a embarcação, já é hora do primeiro mergulho. Saida de panga (bote inflado) com os mergulhadores já equipados até próximo ao arco de Darwin, a caida n`água deverá ser rápida, indo direto ao fundo aos 8 metros de profundidade mais ou menos. Realmente a correnteza puxa com uma certa força, mas nada que seja motivo de preocupação. Já agarrado as pedras e em maior profundidade, as águas empurram com uma força muito maior, devendo ter controle para não se perder do grupo. Os tubarões martelos, os silkys e os galapenhos marcam presença constantes em todos os períodos dos mergulhos. De agosto a novembro existe a grande possibilidade de encontrar os tubarões baleias, que normalmente passeiam as margens dessas ilhas.
Após 30 minutos, os mergulhadores devem soltar-se das pedras e seguir as correntes em direção ao azul para que possam completar o tempo de fundo, fazer a parada de segurança e chegar a superfície para ser resgatado pela panga. Devido a força das correntezas praticamente em todas as épocas do ano, é necessário o uso de luvas, nadadeiras bem justas e equipamentos bem equilibrados para que possam ter um mergulho mais seguro e agradável.
Como as correntezas puxam com força constante, é normal que o grupo de dispersa. Atenção ao dupla de mergulho é de extrema importância , por isso a necessidade do uso do sinalizador sonoro e o deco mark para que o bote de apoio possa encontrar o mergulhador na superfície com mais facilidade, que poderá terminar o mergulho londe de seu grupo.
A vida marinha é realmente muito impressionate, alguns peixes de recifes, muitos tubarões, muitas arraias chitas e a possibilidade de encontrar leões marinhos, golfinhos, tubarão baleia. Normalmente são de 3 a 4 mergulhos por dia, dependendo das condições do tempo e das águas e, o mergulho noturno é definitivamente proibido devido as condições extremas do lugar. Além da proibição dos mergulhos descompressivos por não haver facilidade no caso da necessidade de socorro.
Após o último mergulho do segundo dia na ilha de Darwin, a embarcação irá levantar âncora em direção a ilha de Wolf, chegando já a noite. Os mergulhos nesta ilha acontecerão mais ou menos da mesma forma da ilha anterior, menos correnteza e com uma intensa atividade marinha por todos os cantos. O último mergulho nesta ilha será em ponto diferente dos anteriores, teremos duas passagens por um restrição bem pequena e a entrada em um salão com muitos tubarões galha branca de recifes e, o final do mergulho é em um pináculo apelidado com walk machine, um lugar com um correnteza circular muito forte. Lugar ideal para perder máscara, nadadeiras, equipamento fotográfico. Após a passagem pelo salão, é hora de chegar a base do pináculo e a força das águas aumentam, forçando a gente se agarrar as pedras e depois de uns 5 minutos é hora de soltar e aproveitar a turbulência. O intervalo de superfície é tempo para descanso, algumas fotos de aves, tubarões de rodeam a embarcação em busca de resto de alimentos, golfinhos se exibindo próximo ao barco e um bate papo no deck superior.
O último mergulho nas ilhas Galápagos não acontece neste ponto, após 20 horas de navegação na grande travessia de volta, é hora da despedida dessas águas na ilha de Cousin. Águas muito mais frias, praticamente impossível tubarões e a quase certeza de mergulho com os leões marinhos. E o mais impressionante é o tamanho do cardume de barracudas no ponto final, final do mergulho e final dos mergulhos. O lugar é fantástico, com mergulhos que encantam e animais que impressionam. As ilhas do arquipélago de Galápagos sentem mais necessidade de serem vistas de perto do que contadas ou exposta por quem teve o prazer de estar lá um dia. Aos apaixonados pelo mergulho, aí fica a dica, este é o lugar.
Fotos da galera que encarou de perto as águas do Arquipélago de Galápagos no modo walk machine.
FIM
Meu camarada, parabéns por mais um trabalho fantástico! Lindas fotos ótimos comentários.
ResponderExcluirAbraço
Parabéns pelo trabalho, é uma pena a mídia não ajudar na divulgação de trabalho como este. Talvez o mundo sofresse mesmo. Parabéns. ass. Yuri Nasty
ResponderExcluirParabéns pelas belas imagens e pelo texto informativo, muito útil para aqueles que pretendem se aventuras por essas águas.
ResponderExcluirLindas imagemns ..... !
ResponderExcluirOLA GILSON, NOS CONHECEMOS ONTEM NO CLUBE VISEU, EU ADMIRAVA SUA MAQUINA E VC ME DISSE SOBRE O BLOG FOTOGRAFIA DE VERDADE, MAIS VERDADE IMPOSSIVEL. PARABENS PELAS FOTOS, GOSTO MUITO DE BELAS FOTOS, ESSAS ENTÃO SAO ESPETACULARES!!!!
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